sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Também existem aqueles dias que você não quer ver, ouvir, e nem falar com ninguém. Você se sente um nada. Quer sumir, quer gritar, quer fugir e ao mesmo tempo, quer ficar.
Quer ficar pra saber o que fariam sem você. Pra saber se é só falácia, ou se você realmente faz alguma diferença. Dói pensar que a resposta pode ser não, mas você está se sentindo tão inútil que já não se importa mais em tentar mudar. Só sofre.
Ah, você se sente tão insignificante que acaba por duvidar se as pessoas estão com você por gostar, ou apenas te toleram. Nesse momento, vê que a segunda opção parece ser a mais plausível.
É no momento que mais desejamos ter alguém pra cuidar da gente, alguém pra conversar, pra dizer que chegou bem, que chegou mal, que não queria ter chegado... Que preferia ter ficado por lá. Mas não tem ninguém pra te cuidar. E não pode reclamar nem culpar. Até você já desistiu de si mesmo.
Eu realmente espero que, quando você estiver se sentindo assim, tão mal, alguém te abraçe, diga que vai ficar tudo bem. Que seja pai, mãe, amiga, inimiga, namorado. Mas eu não consigo! Às vezes parece que eu não nasci pra ser feliz. Só levo esporro da vida, só tropeço, só caio... Dói. Espero que alguém me levante. Se for por mim, eu fico aqui mesmo, no chão, chorando dores passadas e mágoas futuras que ainda não aconteceram, mas que machucam só de imaginar.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Hoje é o seu aniversário!
Sei que, como uma pessoa madura, tenho que te dar os parabéns. Mas eu não vou.
Não vou, porque eu simplesmente quero te esquecer mas datas como essas, me dão uma angústia tão grande, que a minha vontade é chorar um oceano.
Exatamente há um ano atrás era seu dia também. Parabéns! Nós éramos tão felizes, estávamos descobrindo mais sobre nós mesmos, e eu te amava. Nós rimos  tanto aquele dia... Depois chegou a dor.
E esta,  se prolongou por meses,  me fazendo sofrer, me fazendo morrer um pouco  a cada dia. A tristeza me invadiu de um modo tão violento,  tão grosseiro,  tão sôfrego, que eu passava dias deitada pensando no que seria de mim sem você.
Há um ano, nós éramos um casal,  amigos, colegas, você era meu tudo, mas eu não era nada para você. Por isso, eu te parabenizo. Porque,  mesmo após esses anos de uma tão linda amizade, nós não nos parabenizamos mais, não nos cumprimentamos mais e não nos conhecemos mais. É triste, mas é real.
Então, sem mais demoras, sem mais delongas,  PARABÉNS! Mas não por hoje, mas pelos outros anos. Pelas lembranças.
E eu ainda não te esqueci.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ultimamente ando meio sem inspiração. Não por falta de idéias, mas por medo da tela. Tenho medo desse cursor piscando, e eu, sem escrever nada. Tenho medo de falar sobre a salada de frutas que acontece dentro de mim. E tenho medo de escrever  também. No entanto, meu maior medo é calar.
Ás vezes nem eu me entendo, e quero me esconder nesse meu âmago interior.
Sinto que posso explodir a qualquer momento. Difícil é saber. É difícil aceitar.

quarta-feira, 10 de junho de 2015
Saudações, benquistos leitores! Nunca sei como começar um texto, então, simplesmente comecei, deixando o não saber para outra hora!
Hoje, venho com a resenha do livro Morte Súbita, de J.K. Rowling. Espero que gostem (é, eu realmente espero)!
                      

Livro: Morte Súbita
Autor: J.K. Rowling
Editora: Nova Fronteira
Número de Páginas: 504

Sinopse: Quando Barry FairBrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque.

A aparência simples do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra.
Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos, Pagford não é o que parece ser à primeira vista. A vaga deixada por Barry no conselho municipal logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas?


     Pois bem, esse livro me surpreendeu pelo fato de ser das ficções mais reais que já li na minha vida. Todo o enredo cativante da história pode ser trazido e comparado com o dia a dia de todos nós, reles humanos. 
     Em um vilarejo pacato como Pagford, em que todos ficam sabendo de tudo o que acontece na vida do vizinho, já era de se esperar que a morte repentina de Barry FairBrother (que era um figurão político local) fosse ter uma enorme repercussão. Logo, os familiares, os amigos, os inimigos e desconhecidos já prestavam luto pela alma de Barry. E, esses mesmos amigos, inimigos e desconhecidos, também não tardaram a disputar o cargo do falecido, com unhas e dentes e todas as possíveis armas de calúnia moral e social.

     Em sua essência, Morte Súbita nos mostra uma ampla visão, não apenas do vilarejo, mas do mundo em que vivemos.
     Sabemos que a morte pode chegar à qualquer hora, em qualquer lugar, para qualquer pessoa. Mas, será que já paramos pra pensar no que vai ser do que deixamos aqui? O pobre Barry certamente achava que, quando morresse, seus queridos iriam sofrer sua perda, e não ambicionar seu cargo político. 
     Outro ponto que achei muito bom no livro, é o fato de existirem vários personagens, núcleos diferentes no mesmo espaço. Livros assim, nunca se tornam monótonos. Existe um personagem principal apenas, e este é ausente, pois morreu. Todos os outros são personagens secundários e coadjuvantes. Nunca gostei tanto assim de coadjuvantes!
     É sabido que os personagens mais pobres são os mais complexos. Além de se tratar da ambição e da falta de caráter que está impregnada na sociedade, o livro também trata mais questões atuais e cotidianas: a desigualdade social e a falta de estrutura familiar vivida por Kristal (eu simplesmente AMEI ela), O bullying, o amor adolescente, as brigas de rua, as drogas e os sonhos destruídos. É, de longe uma obra madura que merece reconhecimento.



Classificação: Excelente!


terça-feira, 9 de junho de 2015

Necrológio dos Desiludidos do Amor.

Os desiludidos do amor 
estão desfechando tiros no peito. 
Do meu quarto ouço a fuzilaria. 
As amadas torcem-se de gozo. 
Oh quanta matéria para os jornais.
Desiludidos mas fotografados, 
escreveram cartas explicativas, 
tomaram todas as providências 
para o remorso das amadas. 
Pum pum pum adeus, enjoada. 
Eu vou, tu ficas, mas nos veremos 
seja no claro céu ou turvo inferno. 
Os médicos estão fazendo a autópsia 
dos desiludidos que se mataram. 
Que grandes corações eles possuíam. 
Vísceras imensas, tripas sentimentais 
e um estômago cheio de poesia... 
Agora vamos para o cemitério 
levar os corpos dos desiludidos 
encaixotados competentemente 
(paixões de primeira e de segunda classe). 
Os desiludidos seguem iludidos, 
sem coração, sem tripas, sem amor. 
Única fortuna, os seus dentes de ouro 
não servirão de lastro financeiro 
e cobertos de terra perderão o brilho 
enquanto as amadas dançarão um samba 
bravo, violento, sobre a tumba deles. 

Carlos Drummond de Andrade, em  'Brejo das Almas' 
E naquele momento,
de luzes e devaneios,
eu te vi.
Quando me olha daquele jeito
me deixa louca.
Ah, esse homem,
Que ao amar, agoniza,
que declama versos, e que neles,
rasga seu coração
(não para a amada,
mas para o medo de amar).
Aqueles olhos, aquele sorriso que me faz perder o chão...
Vem, novamente com todo aquele veludo na voz, seu modo de ser: bruto e ignavo. Eu o odeio e o amo, igualmente. Outra vez com aquele cheiro, aquele abraço que me faz sentir tão segura, tão amada...
Que me faz sentir algo bom aqui dentro. E, se esse meu galante cavalheiro não vem,
Se não aparece com o sorriso, com o olhar, com o veludo, com o cheiro, o que hei de fazer?
Ah, lancei me a paixão como uma suicida. Mergulhei de cabeça, ou melhor, de coração em sentimentos altamente destrutivos, que pouco a pouco, irão dilacerar meu pobre e remendado órgão, que, bater não irá mais, e sim explodir ao mais leve sopro, à mais suave briza. E nada pode parar esse sofrimento que me permito sofrer. Me permito amar e me permito morrer de amor.


Por: Babi Santiago

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