Também existem aqueles dias que você não quer ver, ouvir, e nem falar com ninguém. Você se sente um nada. Quer sumir, quer gritar, quer fugir e ao mesmo tempo, quer ficar.
Quer ficar pra saber o que fariam sem você. Pra saber se é só falácia, ou se você realmente faz alguma diferença. Dói pensar que a resposta pode ser não, mas você está se sentindo tão inútil que já não se importa mais em tentar mudar. Só sofre.
Ah, você se sente tão insignificante que acaba por duvidar se as pessoas estão com você por gostar, ou apenas te toleram. Nesse momento, vê que a segunda opção parece ser a mais plausível.
É no momento que mais desejamos ter alguém pra cuidar da gente, alguém pra conversar, pra dizer que chegou bem, que chegou mal, que não queria ter chegado... Que preferia ter ficado por lá. Mas não tem ninguém pra te cuidar. E não pode reclamar nem culpar. Até você já desistiu de si mesmo.
Eu realmente espero que, quando você estiver se sentindo assim, tão mal, alguém te abraçe, diga que vai ficar tudo bem. Que seja pai, mãe, amiga, inimiga, namorado. Mas eu não consigo! Às vezes parece que eu não nasci pra ser feliz. Só levo esporro da vida, só tropeço, só caio... Dói. Espero que alguém me levante. Se for por mim, eu fico aqui mesmo, no chão, chorando dores passadas e mágoas futuras que ainda não aconteceram, mas que machucam só de imaginar.
Hoje é o seu aniversário!
Sei que, como uma pessoa madura, tenho que te dar os parabéns. Mas eu não vou.
Não vou, porque eu simplesmente quero te esquecer mas datas como essas, me dão uma angústia tão grande, que a minha vontade é chorar um oceano.
Exatamente há um ano atrás era seu dia também. Parabéns! Nós éramos tão felizes, estávamos descobrindo mais sobre nós mesmos, e eu te amava. Nós rimos tanto aquele dia... Depois chegou a dor.
E esta, se prolongou por meses, me fazendo sofrer, me fazendo morrer um pouco a cada dia. A tristeza me invadiu de um modo tão violento, tão grosseiro, tão sôfrego, que eu passava dias deitada pensando no que seria de mim sem você.
Há um ano, nós éramos um casal, amigos, colegas, você era meu tudo, mas eu não era nada para você. Por isso, eu te parabenizo. Porque, mesmo após esses anos de uma tão linda amizade, nós não nos parabenizamos mais, não nos cumprimentamos mais e não nos conhecemos mais. É triste, mas é real.
Então, sem mais demoras, sem mais delongas, PARABÉNS! Mas não por hoje, mas pelos outros anos. Pelas lembranças.
E eu ainda não te esqueci.
Ultimamente ando meio sem inspiração. Não por falta de idéias, mas por medo da tela. Tenho medo desse cursor piscando, e eu, sem escrever nada. Tenho medo de falar sobre a salada de frutas que acontece dentro de mim. E tenho medo de escrever também. No entanto, meu maior medo é calar.
Ás vezes nem eu me entendo, e quero me esconder nesse meu âmago interior.
Sinto que posso explodir a qualquer momento. Difícil é saber. É difícil aceitar.
Necrológio dos Desiludidos do Amor.
estão desfechando tiros no peito.
de luzes e devaneios,
eu te vi.
Quando me olha daquele jeito
me deixa louca.
Ah, esse homem,
Que ao amar, agoniza,
que declama versos, e que neles,
rasga seu coração
(não para a amada,
mas para o medo de amar).
Aqueles olhos, aquele sorriso que me faz perder o chão...
Vem, novamente com todo aquele veludo na voz, seu modo de ser: bruto e ignavo. Eu o odeio e o amo, igualmente. Outra vez com aquele cheiro, aquele abraço que me faz sentir tão segura, tão amada...
Que me faz sentir algo bom aqui dentro. E, se esse meu galante cavalheiro não vem,
Se não aparece com o sorriso, com o olhar, com o veludo, com o cheiro, o que hei de fazer?
Ah, lancei me a paixão como uma suicida. Mergulhei de cabeça, ou melhor, de coração em sentimentos altamente destrutivos, que pouco a pouco, irão dilacerar meu pobre e remendado órgão, que, bater não irá mais, e sim explodir ao mais leve sopro, à mais suave briza. E nada pode parar esse sofrimento que me permito sofrer. Me permito amar e me permito morrer de amor.